1-Central de monitoramento, operação e controle

1- Central de monitoramento, operação e controle

A central de monitoramento, operação e controle é atendida por um sistema de automação.

O objetivo do sistema de automação é minimizar erros, reduzir custos, aumentar a qualidade, melhorar a eficiência dos processos e garantir a segurança operacional.

A planta de biogás está equipada com dispositivos que permitem sua operação de forma totalmente automática, exceto nas etapas de recepção do substrato, triagem de resíduos e destinação do digestato, que permanecem fora do escopo da automação. Esses dispositivos se dividem em três grupos principais: controlador lógico programável (CLP), atuadores e sensores.

O CLP concentra toda a inteligência do sistema. Nele estão conectados os atuadores e os sensores, além de ser o ponto onde são inseridas as ordens de operação e coletadas as informações do processo. A interação ocorre por meio da interface homem-máquina (IHM), que apresenta uma representação gráfica dos elementos da planta. Nessa interface, o operador pode atuar diretamente nos equipamentos por meio de botões de comando, como ligar, desligar, abrir ou fechar.

Os atuadores são responsáveis por modificar o processo e executar funções como movimentar, girar, abrir ou fechar. Em plantas de biogás, os principais atuadores incluem motores elétricos (bombas, agitadores, sopradores, trituradores, esteiras), válvulas, o grupo gerador (motor de partida) e o flare (válvula e faiscador). O comando desses equipamentos é enviado pelo CLP e pode ser discreto ou analógico, conforme a necessidade:

Comando discreto: binário, apenas liga/desliga ou abre/fecha, sem controle de velocidade ou grau de abertura.

Comando analógico: permite variar continuamente velocidade ou abertura. Para isso, utilizam-se inversores de frequência nos motores elétricos, possibilitando controlar a vazão das bombas, a intensidade da agitação e outros parâmetros do processo.

Por fim, os sensores são os elementos que monitoram o processo. Em geral, medem nível, temperatura, vazão e pressão, podendo ser discretos ou analógicos:

Sensores discretos: como termostatos, chaves de nível, fluxostatos e pressostatos. Eles apenas indicam quando o parâmetro atinge um ponto específico, por exemplo, quando um tanque chega a determinado nível ou quando a temperatura alcança um limite pré-definido.

Sensores analógicos: conhecidos como transmissores, fornecem medições contínuas e precisas. Um exemplo é o transmissor de temperatura, que informa em tempo real o valor exato do parâmetro monitorado.